terça-feira, 7 de junho de 2011

Primeiros Tempos da 2ª Guerra

Por: Isadora Lopes


Caracterizou-se por uma rápida ampliação, assinalada por importantes conquistas das forças do Eixo. Em setembro de 1939, as tropas alemãs cruzam a fronteira polonesa e marcham para Varsóvia, a primeira capital européia a conhecer a estratégia da blitzkrieg - a "guerra relâmpago" - maciças operações com divisões blindadas que atuam como pinças, encurralando o inimigo, isolando-o em bolsões, para posteriormente levá-los ao esmagamento ou à rendição.

A Inglaterra e a França enviaram ultimatos, exigindo a retirada imediata das forças alemãs do território polonês. Em 3 de setembro, após o silêncio de Hitler, chegaram a Chancelaria alemã as declarações de guerra. A Polônia resistiu por pouco mais de um mês, terminando por render-se incondicionalmente.

De certa forma, a Primeira Guerra Mundial condicionou os aliados ocidentais a acreditarem que a Segunda seria semelhante. Isto é, os alemães atacavam, os franceses se defendiam e finalmente levariam o inimigo ao esgotamento. Portanto a Inglaterra e a França não se preocuparam em iniciar uma ofensiva pelas desguardadas fronteiras ocidentais enquanto as forças alemãs atuavam na Polônia.

Nem a França nem a Inglaterra estavam preparadas para a nova dinâmica da guerra, que ao contrário da Primeira, se caracterizava por sua extraordinária mobilidade, propiciada pelo desenvolvimento dos blindados e da aviação de bombardeio. Durante nove meses as tropas anglo-francesas esperaram o ataque alemão, dando um tempo precioso para que Hitler não só liquidasse com a Polônia como ocupasse mais 500 mil km² antes de voltar suas forças contra eles.

Em abril de 1940 as divisões alemãs ocupam a Dinamarca (praticamente sem resistência) e a Noruega - onde conseguem expulsar um corpo expedicionário anglo-francês em Narvik. A ocupação da Frente Norte deveu-se à necessidade de evitar uma ofensiva inglesa pelo mar Báltico, como também preservar o abastecimento de matérias-primas estratégicas vindas da Suécia. Em maio de 1940, os Países Baixos são atacados. A Holanda é invadida no dia 15 e a Bélgica treze dias depois.

O 'relâmpago' nazista: tanques esmagam inimigos e abrem caminho para tropas de Hitler

Cinco preceitos aparentemente simples guiam a nova doutrina de combate alemã, a Blitzkrieg:
· A mobilidade, que compensa a desvantagem numérica;
· Veículos blindados, que propiciam maior mobilidade em comparação à cavalaria;
· A blindagem de um tanque é mais valiosa na defesa do que no ataque;
· Tanques devem ser usados em agrupamentos pesados (divisões, batalhões e até mesmo exércitos) distintos de outros destacamentos em serviço;
· Dotados de velocidade, força e presença maciça, os tanques devem penetrar nas linhas inimigas para destruir suas comunicações.


Até então os nazistas haviam enfrentado países pequenos e de poucos recursos humanos e materiais, quase sem tradição militar. Esperava-se que a França fosse resistir com mais eficiência, pois contava igualmente com a colaboração de um corpo expedicionário britânico. Os exércitos franceses tinham um número equivalente em homens, tanques e aviação, além de terem sido vitoriosos na Primeira Guerra Mundial. No entanto, a catástrofe francesa foi ainda maior pelo inesperado arrojo das tropas alemãs. Apesar disso, a Inglaterra, agora sob a liderança de W. Churchill, prometeu continuar na guerra até a vitória final ("sangue, suor e lágrimas").